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  • A conclusão para breve das obras do Convento de S. Francisco e o arranjo do espaço envolvente, depois de um prolongado processo não isento de dificuldades de vária ordem, deixam a autarquia com um valioso troféu mas também com uma enorme responsabilidade. É como se, à semelhança do que aconteceu com a classificação pela Unesco, como património da humanidade, da Universidade, da Alta e da Sofia, não nos restasse senão um curto tempo para a celebração do acontecimento, porque, de imediato, novas tarefas se nos deparam para dar seguimento ao ‘programa que se segue dentro de momentos’. Assim, não nos podemos perder em celebrações, pois o que vem aí irá, sem dúvida, exigir muito de todos nós.

  • A aprovação pelo Comité da Unesco, reunido em Pnom Penh, no passado dia 22 de junho, da candidatura de Coimbra (Universidade, Alta e Sofia) a Património da Humanidade impõe-nos algumas reflexões que, por sua vez, terão que informar as orientações políticas e as atuações concretas. Organizei-as condensadamente em três tópicos:

  • Provavelmente, será esta a última sessão da Assembleia Municipal neste mandato de 2009 a 2013. Por isso, ocorre-me, em jeito de balanço, destacar aqui quatro pontos:

  • O Bloco de Esquerda, juntamente com outras forças sociais e políticas, já vem denunciando este descalabro social, provocado pela especulação interna e externa sobre a dívida, desde a assinatura do memorando com a troika. Muitos dos que sorriam de sobranceria e que nos apelidavam de irresponsáveis, vêm agora timidamente propor renegociações. Contudo, dum modo geral, mantêm-se prisioneiros dos dogmas da libertinagem bancária, da intocabilidade dos mercados ou da ausência de alternativas.

  • A autonomia do poder local foi uma das grandes novidades da democracia instaurada com o 25 de abril de 74 e tem sido publicamente celebrada tanto à esquerda como à direita do espetro político português. Instituiu práticas de participação democrática mais próximas das populações, criou um novo paradigma de desenvolvimento territorial descentralizado e extensivo a todo o espaço nacional, incluindo os Açores e a Madeira, aproximou os responsáveis políticos dos seus eleitores, enfim, abriu um caminho de realizações materiais e imateriais nas cidades, vilas e aldeias deste país, que em muito contribuíram para elevar os níveis de qualidade de vida dos portugueses, aproximando-os de padrões europeus que o regime salazarista lhes tinha negado.

  • Stéphane Hessel faleceu esta noite com 95 anos.

    Judeu e alemão de nascimento, naturalizado francês, ele foi um cidadão europeu pelo seu pensamento e ação, mas também um cidadão do mundo.

  • Estes meses de novembro e dezembro de 2012 ficarão assinalados na história deste país como os do triunfo – por pouco tempo, desejamos nós – da prepotência cesarista da governação, expressa, entre outras medidas anteriores, já aqui denunciadas, na sucção fiscal sem limites e na subtração às comunidades locais dos meios fundamentais da sua sobrevivência.