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Política

Na banda desenhada infantil de Marjorie Buell, lia-se “Menina não entra” à entrada da cabana do Bolinha. Na mesma categoria, o Professor António Justo decidiu que na Faculdade de Direito política não entra.
Felizmente, a UC é hoje uma instituição onde este é um episódio isolado e cavernícola. Mas quem intervém na política local, conhece bem este fenómeno. Durante a campanha à freguesia de Buarcos, fomos impedidos de apresentar a candidatura no espaço do CAE por ser uma atividade político-partidária.
Tal como na Casa dos Segredos, não se pode debater política numa casa de arte e cultura, ambas fortemente embebidas de política nas suas múltiplas representações. Consta que o regulamento da câmara impede realizações político-partidárias em certos espaços públicos, os mesmos espaços utilizados por eleitos camarários para atividades cheias de conteúdo político e que promovem os próprios eleitos.
Defendo que todos os espaços públicos deveriam estar abertos ao debate político de uma forma igualitária a cidadãos e a partidos. O debate político é salutar e fundamental numa sociedade democrática. O nojo à política só promove a ignorância e a subserviência, a sociedade do “aguenta, aguenta”.