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Pela consulta pública

Em 2013, aquando do debate de candidaturas à Junta de Freguesia de Buarcos, ao ser questionado sobre a alteração da sede de freguesia respondi que a consulta pública seria a solução mais razoável. Naquela altura, tal como hoje, considero que a alteração dos símbolos da freguesia, a sua sede ou a sua denominação só devem ser alterados mediante consulta pública.
Esta opção é tanto mais adequada tendo em conta a reação muito negativa ao desastrado processo liderado por Relvas que levou à fusão de freguesias. O desânimo foi tal entre alguns dos fregueses que viram a sua freguesia desaparecer, que estes decidiram não votar, penalizando todas as forças partidárias, inclusivamente as que se bateram contra este processo.
Não me interessa discutir qual deveria ser a designação exata da freguesia resultante da fusão entre Buarcos e São Julião. Interessa, sim, salvaguardar o respeito pela opinião dos fregueses sobre um dos símbolos basilares que os representam. Nesta discussão há bairrismo? Há. Há paixões exacerbadas? Há. Há populismo? Há. Há falta de educação? Há.
Independentemente dos aspetos desagradáveis que possam emergir durante o debate sobre o nome da freguesia, a melhor forma de pacificar a população e legitimar a decisão é organizar uma consulta pública. A lei prevê que um mínimo de 8% dos eleitores (cerca de 1450) poderão requerer um referendo local. Vamos a isso?