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O método Arroja

Amigos figueirenses, que estudaram na Universidade Lusíada e foram alunos de Pedro Arroja em Finanças Públicas, descreveram um professor com uma atitude extraordinariamente irresponsável perante alunos que pagavam na altura propinas de luxo. Por exemplo, durante um dos anos letivos, Arroja marcou presença em apenas duas aulas, delegando abusivamente as restantes aulas a auxiliares. Pagava-se caríssimo para ir a exame, mas nem por isso havia maior responsabilidade na elaboração das provas. Perguntas surrealistas sobre divagações do Prof. Arroja constavam do enunciado contribuindo fortemente para aleatoriedade das notas dos alunos.

A prestação do Prof. Arroja no Porto Canal, com as suas famosas declarações misóginas sobre as “esganiçadas do Bloco”, ilustram o universo pequenino e fechado em que se move. Arroja nem se apercebe da amplitude do ridículo das próprias afirmações. Mas mais chocante é toda a mediocridade e a impreparação do resto da sua crónica, um discurso fraco, mal cosido, sociologia de pacotilha baseada em generalizações simplistas alicerçadas em irrelevantes impressões e fantasias pessoais, a fazer lembrar o esquema mental infantil de Henrique Raposo cronista do Expresso. Pedro Arroja chegou a fundamentar ideias imaginando-se casado com Catarina Martins...

Um irresponsável não tem culpa, culpa tem quem lhe oferece tribuna e tempo de antena.