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Na mesma como a lesma

Numa época de crise em que cada despesa conta para a gestão mensal de magros salários pouco ou nada mudou na política de promoção dos transportes públicos e da bicicleta no distrito de Coimbra. Isto é um contrassenso, sabendo que estas opções são mais económicas quando comparadas com o carro.
As pistas de bicicleta continuam a representar pouco mais do que uma amostra, em muitos locais mal acabadas e sem manutenção. Os cidadãos que se deslocam para o trabalho ou vão às compras de bicicleta continuam a ser uma raridade.
Entre a Figueira e Coimbra não há uma única ligação que seja eficiente. Quer a ferrovia, quer a ligação rodoviária acederam a todos os interesses possíveis e imaginários, exceto à eficiência, medida em tempo ou consumos, da própria ligação. Inclusivamente a lendária pista de bicicleta entre Coimbra e Figueira continua a ser uma realidade apenas nas histórias de encantar, ao mesmo título que o “Peter Pan” e a “Sininho”.
O próprio metro de superfície, que estava previsto para Coimbra poderia integrar um sistema de transportes sustentável, abrangendo todo o Baixo Mondego, tal como o engenheiro Carlos Gaivoto o demonstra em artigo publicado, a 12 de março de 2014, na Voz da Figueira. Lamentavelmente, este Governo cancelou o projeto e já há apetites vorazes para construir nos canais já abertos para o metro.