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Marisa jantou ontem com apoiantes em Coimbra

Realizou-se, ontem, um jantar da candidata presidencial, Marisa Matias, no Rancho Tricanas de Coimbra. No evento estiveram presentes mais de cem apoiantes, entre os quais: Boaventura Sousa Santos, Jorge Leite e José Asugusto Ferreira da Silva.

Marisa Matias acusou Cavaco Silva de ter sido um “Presidente de fação”, um Presidente que “perdoa tudo aos seus e exige o céu e a terra aos que não são da sua cor [política]”. A candidata recordou palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, quando comentador político, dizendo que "não estava preocupado com o estado da banca, porque tínhamos um Governador do Banco de Portugal que, pela sua isenção e pela forma como está atento aos acontecimentos, garante a nossa segurança”. Para a candidata, esta é a hora de “levantarmos a cabeça para defendermos a nossa dignidade, o nosso país. Chega de subserviência. A subserviência não é compatível nem com a democracia, nem com a República.”

José Manuel Pureza, Vice-Presidente da Assembleia da República, lembrou palavras proferidas por Cavaco Silva que dizia que a governação ideológica cede sempre à realidade. “Como se Cavaco Silva não fosse o produtor do discurso mais ideológico de todos, que é o discurso que dá por neutra a realidade dos desfalques bancários". Sobre a candidata, Pureza salientou que “Marisa, sendo de Coimbra, é do mundo, de todas as lutas pela justiça, por todas as lutas pelos direitos humanos, dos mais fracos, do mundo que luta pela justiça ambiental, do mundo que luta pela igualdade de género”.

Para António Augusto Barros, a candidatura de Marisa Matias "será um bom contributo para um programa límpido de uma esquerda moderna, uma esquerda disponível para unir esforços, que ajudem a mudar as coisas, a vida, criando um grande movimento de transformação". Esta sessão contou também com intervenções de Cristina Janicas (Porfessora e Atriz) e de Bruno Sena Martins (Antropólogo e Sociólogo).