Na sua crónica do passado 25 de fevereiro, Daniel Santos relembra oportunamente as potencialidades do ensino superior no concelho. Entre as instituições que se instalaram no passado tivemos boas e más experiências. Houve algumas práticas inaceitáveis, é preciso referi-lo com clareza.
No entanto, a estratégia deste Governo é de uma clara atrofia do ensino superior, o que, na prática, inviabiliza investimentos públicos neste setor. Da parte dos privados essa atrofia é ainda mais grave tendo sido provocada por práticas suicidárias pautadas por escândalos, falta de credibilidade e pouca investigação científica.
Contudo, as potencialidades naturais do concelho são propícias à investigação científica em vários domínios: peixe, na indústria alimentar; algas, na indústria farmacêutica e cosmética; vento, ondas e marés.no domínio da produção de energia, etc. É no setor da investigação que se poderão formalizar co maior probabilidade protocolos com instituições de ensino superior para o fomento de polos de investigação nas referidas áreas.
Estes polos, dinamizados por jovens mestrandos, doutorandos, técnicos e investigadores,
poderão formar parcerias com empresas locais ou gerar novas empresas tecnológicas, criando emprego qualificado e atraindo jovens para o concelho. Nada disto é ficção científica, porque existem fundos europeus para implementar estas dinâmicas.