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De Seattle

Seattle vem de Si’ahl, o nome do chefe índio Duwamish, uma das principais tribos que habitavam este território. Em Seattle, foi fundada a Boeing, é também a cidade de Bill Gates e de Kurt Cobain.
Sobre Kurt Cobain, o realizador Gus Van Sant (Elephant, Paranoid Park e Milk) já disse tudo o que eu pensava sobre a personagem. Vant Sant chamou-lhe Blake em “Últimos Dias” (Last Days).
Em Seattle, a herança da contracultura está bem patente na vida da cidade, no ativismo, nas inúmeras associações irreverentes que aqui fervilham e até no excelente sistema de transportes públicos, praticamente inexistentes na maior parte das grandes cidades americanas.
No entanto, tal como no resto dos EUA, a pobreza faz parte da decoração da cidade. Reformados sem teto erram pelas ruas empurrando carrinhos das compras cheios de tralha.
Muitos trabalharam no duro, alguns acumularam dois empregos para poder ter um salário digno. Aqueles que se queixam do rendimento mínimo e da proteção social dada na Europa aos desempregados deveriam assistir a esta miséria.
É esta a sociedade que queremos? Uma sociedade onde demasiados dos nossos semelhantes erram pelas ruas, com todos os riscos inerentes para si e para os outros.