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Ausência de debate

Os períodos que antecedem os atos eleitorais deveriam ser sempre de esclarecimento, de troca de ideias e de debate de pontos de vista entre as várias propostas que vão a votos. Nalguns concelhos do distrito (ex: Mira e Coimbra) esse debate existiu. Foi realizado em vários moldes, com representantes das listas distritais e nacionais, mas o formato não é o que mais importa. O que é relevante é que mais uma vez a Figueira perdeu uma oportunidade para refletir sobre os seus principais problemas no contexto da governação do país.

Houve formações partidárias que organizaram sessões de debate abertas, mas é muito mais rico realizar um debate plural e abrangente.Obviamente que estes debates poderiam ter sido realizados por associações, mas o que se espera é que estas iniciativas sejam encabeçadas pela comunicação social local. Todos conhecemos as dificuldades do setor, mas a ausência de iniciativa transmite uma imagem de alheamento, falta de interesse e até de desleixo, o que por si não ajudam a ultrapassar as referidas dificuldades.

Também é verdade que alguns partidos não ajudaram, não incluindo nas suas listas qualquer representante da segunda maior cidade do distrito. É pena, sobretudo porque está demonstrado que foi o alheamento e a falta de pluralidade crítica na política que permitiram negociatas ruinosas para a cidade e bancos que afundaram a economia do país.